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RAMALDE


Esta casa tem algumas características que a demarcam da tradicional casa burguesa portuense. Antes de mais, a franca exposição solar proporcionada pelas quatro frentes e a ampla iluminação e ventilação proporcionadas pelas suas trinta e oito janelas e postigos. A intimidade do lar é assegurada pela dimensão do terreno da propriedade, que permite implantar o edifício a uma distância suficiente dos vizinhos. Tratando-se de um prédio que afortunadamente chegou intacto até nós, tendo sempre desempenhado a função original de habitação, o que se impunha era prepará-lo para continuar a desempenhar a mesma função durante as próximas gerações.
Um problema de base a resolver prendia-se com a área e compartimentação interior do edifício existente,
que não seria adequada para satisfazer todos os requisitos do programa. Uma premissa consensual foi a de rejeitar demolições de grande relevância nos interiores e soluções de ampliação que desfigurassem irreversivelmente o edifício. Assim, surgiu a solução de se ampliar a área através de um módulo acoplado da fachada posterior do edifício, tirando partido dos vãos já existentes.

Porto, Portugal
Arquitectura/Coordenação: Adriana Floret . Colaboradores: José Carlos Dias, Hugo Santos . Especialidades: Avelino Santos, N40W8, Smartdomus . Construção: Rielza, Técnica e Construção do Douro

Fotografia: João Morgado